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Mostrando postagens de novembro, 2015

simplesmente pare.

você já parou algum dia pra pensar? você já parou algum dia de pensar? você já parou algum dia? você já parou? quando você pará, tudo pára. você já parou algum dia na possibilidade de parar de pensar? olhe pro que vê, com olhos que veem. olho pro que vê, além dos olhos de quem vê. quem vê cria. quem vê traduz através de seus pensamentos e emoções as imagens que chegam em seus olhos. os estímulos são processados pelo cérebro e postos em imagem através do conteúdo da sua mente. imagine ver sem mente. pratique o momento presente. pratique a arte de não pensar. liberte-se!

todo eu te amo é falso

te amo, por isso não mude eu amo a sensação que você me proporciona eu me apego a essa experiência o que acontecerá quando essa sensação passar ? te amo, por isso não mude e mesmo que você não mudar vou te culpar te amo, porque você me dá tudo aquilo que eu acho que não tenho tudo aquilo que encontro em você dentro de mim eu amo te experienciar e quando você já não suprir quando tudo isso passar vou te culpar é que eu amo o sabor da aventura do velho novo sempre revisitado e quando o espelho já estiver embaçado prefiro jogá-lo fora afinal tudo é descartado quando eu te amo, nos aprisiono crio um eu e um você pra amar mas é que ainda não aprendi a amar aliás, esqueci já faz muito tempo e botei no lugar qualquer imagem ilusória de tempo e espaço de felizes para sempre você lembra? eu era uma princesa encantada em algum lugar.

?

abandonei a idéia de que "eu" posso ajudar alguém  porque eu não posso ajudar a mim mesma será um falsa ilusão me concentrar no outro pra esquecer de mim mesma será uma falsa ilusão eu mesma e o outro será que eu ajudo um, ajudando o outro quem vem primeiro para além das perguntas

se você está infeliz, pergunte àquele que está infeliz

quem é o eu que está infeliz? que parte de mim alimenta essa infelicidade? a parte que está insatisfeita com o que é. a parte que está insatisfeita com o que "eu sou". com a imagem que ela projeta de "mim". essa parte é cheia de deverias. quando já não pode mais culpar o exterior pela sua infelicidade, volta-se então para dentro. nesse momento, percebo uma avalanche de deverias. culpas, medos, insatisfações e planos de "como posso satisfazê-las". se me identifico, começo a alimentar esse eu. começo a achar que eu sou esse "eu". então eu tenho de mudar. tenho de fazer exercícios físicos, me organizar, ser magra, comer melhor. tenho de ser desse jeito ou assado. essa também é a parte que tem inveja e ambiciona. observo que, basicamente, é um eu do desejo. desejo de ser diferente de "quem estou agora". logicamente, esses pensamentos trazem angústia. uma sensação de nulidade. esse eu, que tanto deseja, quer tudo isso, justamente

das terceira tentativas

vim aqui pra escrever uma coisa, escrevi outra, escrevi uma quarta. será que agora me foco e vai? claro. pois bem, o que eu queria dizer quando me interrompi pela fala do vizinho eu já não lembro. mas vou achar, é só catar. vai parecer meio torto, nunca é a realidade dos fatos essa memória coletora. pois então, eu contaria um relato. um flagrante a mãos armadas de um "eu" daqueles bem destrutivos. sabe aqueles eu que ninguém quer ser. por bem, "eu sou um deles". aquele eu que pensa, sofre e justifica seu sofrimento a partir da atuação dos outros. o processo é tão real, tão normal que de fato, estou louca. louca para tudo o que já fui e pensei. tudo começa com um incômodo. ele me olhou estranho. ele falou isso. e uma avalanche de histórias passam pela cabeça. não, elas não são agradáveis, mas envolvem momentos prazerosos quando eu finalmente me livrar daquele "ser". ele é o meu algoz. ele me faz mal. estando longe dele estarei bem. farei isso e

essa é sem título

"tenho certeza que existe um nome bonito pra isso, ou técnico, depende de como você interpreta esse bonito. tenho certeza que alguém me diria, e certeza de que foi alguma aula em que 'faltei'. faltei para acumular" normalmente, o que eu queria dizer eu já esqueci. eu já flui no fluxo contínuo dos meus pensamentos. as vezes, poucas vezes fluo no fluxo contínuo da vida. e aí me liberto um pouquinho de mim mesma. o complicado (ou o foda) é que normalmente eu me aprisiono novamente. como agora, escolhendo complicado ao invés de foda. como antes, tentando escrever algo e escrevendo outro e escrevendo outro e não aceitando nem esse outro, nem o fluir, nem o nada. mas pois bem, a vida é assim e assim estou nesse momento. aprendendo. e eu vim aqui pra dizer o que na postagem anterior eu não disse, pois minha atenção foi captada pelo vizinho. o vizinho da risada e do espirro. aquela fala me levou a outros questionamentos. eu tinha um pensamento e ele se perdeu na vel

penso, logo não sou.

o pensar me impede de ser. o pensamento, este processo da imaginação retira as possibilidades de eu existir no momento presente. penso e não estou. penso e "papai noel chegou" canta o vizinho. busco na memória: há algum tempo atrás, "eu" era dominada por um "eu" que detestava a risada deste vizinho. me incomodava emocionalmente, aliás, será todo incômodo emocional? racionalmente, eu sei que incomodar-me com qualquer coisa externa é puro fruto do ego. pois, então, incomodava-me a risada do vizinho. era como uma afronta pessoal ao meu estado de total identificação. um estado de sofrimento tamanho que qualquer sinal de satisfação externa era sentido como um desrespeito. pois bem, há outro tempo atrás, "eu" era dominada por um "eu" que adorava a risada do vizinho. ela me trazia alegria e bem estar. da sala eu ria e me entusiasmava com ele. qual a semelhança entre esses dois estados? imaginação. o processo de imaginar, pensar. o

jardinagem poeta

é mentira, mas é verdade. das sutilezas humanas, das incertezas da mente. uma mesma história vista por distintos ângulos. é a poeira cósmica que já virou clichê. é a foto que é, mas expressa. é a verdade que não existe, mas mente. (ou como não ter foto para ilustrar uma receita e catar uma das andanças pela horta da cidade). pepino da horta da general glicério em Laranjeiras. Receita de Jardinagem à mesa.  Com direito a pepino, este não vem da horta. Certamente vem do campo, sabe lá Deus de onde. Mas é filho de Deus. E esse é o consolo que eu dou pra essa mente descontrolada também ela filha de Deus. Rendimento : 4 porções Ingredientes e quantidades: Creme de girassol: ½ xícara de semente de girassol de molho em água potável por no mínimo 4 horas ½ limão 100 ml de líquido fermentado da mandioca, conhecido também como tucupi ¼ de xícara de massa puba 1 cenoura para "biosocar" Jardineira: 1 xícara de abobrinha cortada em cubinhos (fine brunoise) ¼ de xí

criar áreas de inclusão permanente dentro de si mesmo.

O escrito vem no título, inspirado ou só repetido numa fala e num vídeo.  Num escrito.  Serei eu só um papagaio de pirata?  Repito o que acho bonito. espaço, esta é a palavra que uso aqui para expressar a necessidade de deixar. deixar ser. só ser, muito além do que eu jamais imaginei. e por esta mesma razão, é impossível ser imaginada. esta além dos limites da mente.  a mente, limitada na sua visão. vê unicamente o que conhece. e com o conhecido é impossível ser. é impossível aprender. para aprender é necessário espaço. o espaço para o novo. para o desconhecido. e a mente tagarela, vê o passado, coleta as memórias e projeta o futuro a partir disto. um futuro conhecido. um futuro limitado. um futuro que é pura repetição de um passado. por vezes este passado nem é seu. é só uma coleção de experiências de outros, um monte de crenças abarrotadas desodernadamente. estamos presos. e já não adianta seguir os passos de nenhum "libertador". isto é t