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Mostrando postagens de 2015

o equilibrio

saber, saber, saber sem ser. jogue tudo fora e recomece. saia dos livros e va experimentar todos os teus conceitos. experimente-se funciona em voce? observe: o que esta no alto tambem esta embaixo. equilibro entre saber e ser. coloque a teoria em pratica dentro de voce. o voce aqui, novamente sou "eu" meus muitos "eus" o "eu" que sabe, nao faz. entao nao é de que adianta saber sem ser?

simplesmente pare.

você já parou algum dia pra pensar? você já parou algum dia de pensar? você já parou algum dia? você já parou? quando você pará, tudo pára. você já parou algum dia na possibilidade de parar de pensar? olhe pro que vê, com olhos que veem. olho pro que vê, além dos olhos de quem vê. quem vê cria. quem vê traduz através de seus pensamentos e emoções as imagens que chegam em seus olhos. os estímulos são processados pelo cérebro e postos em imagem através do conteúdo da sua mente. imagine ver sem mente. pratique o momento presente. pratique a arte de não pensar. liberte-se!

todo eu te amo é falso

te amo, por isso não mude eu amo a sensação que você me proporciona eu me apego a essa experiência o que acontecerá quando essa sensação passar ? te amo, por isso não mude e mesmo que você não mudar vou te culpar te amo, porque você me dá tudo aquilo que eu acho que não tenho tudo aquilo que encontro em você dentro de mim eu amo te experienciar e quando você já não suprir quando tudo isso passar vou te culpar é que eu amo o sabor da aventura do velho novo sempre revisitado e quando o espelho já estiver embaçado prefiro jogá-lo fora afinal tudo é descartado quando eu te amo, nos aprisiono crio um eu e um você pra amar mas é que ainda não aprendi a amar aliás, esqueci já faz muito tempo e botei no lugar qualquer imagem ilusória de tempo e espaço de felizes para sempre você lembra? eu era uma princesa encantada em algum lugar.

?

abandonei a idéia de que "eu" posso ajudar alguém  porque eu não posso ajudar a mim mesma será um falsa ilusão me concentrar no outro pra esquecer de mim mesma será uma falsa ilusão eu mesma e o outro será que eu ajudo um, ajudando o outro quem vem primeiro para além das perguntas

se você está infeliz, pergunte àquele que está infeliz

quem é o eu que está infeliz? que parte de mim alimenta essa infelicidade? a parte que está insatisfeita com o que é. a parte que está insatisfeita com o que "eu sou". com a imagem que ela projeta de "mim". essa parte é cheia de deverias. quando já não pode mais culpar o exterior pela sua infelicidade, volta-se então para dentro. nesse momento, percebo uma avalanche de deverias. culpas, medos, insatisfações e planos de "como posso satisfazê-las". se me identifico, começo a alimentar esse eu. começo a achar que eu sou esse "eu". então eu tenho de mudar. tenho de fazer exercícios físicos, me organizar, ser magra, comer melhor. tenho de ser desse jeito ou assado. essa também é a parte que tem inveja e ambiciona. observo que, basicamente, é um eu do desejo. desejo de ser diferente de "quem estou agora". logicamente, esses pensamentos trazem angústia. uma sensação de nulidade. esse eu, que tanto deseja, quer tudo isso, justamente

das terceira tentativas

vim aqui pra escrever uma coisa, escrevi outra, escrevi uma quarta. será que agora me foco e vai? claro. pois bem, o que eu queria dizer quando me interrompi pela fala do vizinho eu já não lembro. mas vou achar, é só catar. vai parecer meio torto, nunca é a realidade dos fatos essa memória coletora. pois então, eu contaria um relato. um flagrante a mãos armadas de um "eu" daqueles bem destrutivos. sabe aqueles eu que ninguém quer ser. por bem, "eu sou um deles". aquele eu que pensa, sofre e justifica seu sofrimento a partir da atuação dos outros. o processo é tão real, tão normal que de fato, estou louca. louca para tudo o que já fui e pensei. tudo começa com um incômodo. ele me olhou estranho. ele falou isso. e uma avalanche de histórias passam pela cabeça. não, elas não são agradáveis, mas envolvem momentos prazerosos quando eu finalmente me livrar daquele "ser". ele é o meu algoz. ele me faz mal. estando longe dele estarei bem. farei isso e

essa é sem título

"tenho certeza que existe um nome bonito pra isso, ou técnico, depende de como você interpreta esse bonito. tenho certeza que alguém me diria, e certeza de que foi alguma aula em que 'faltei'. faltei para acumular" normalmente, o que eu queria dizer eu já esqueci. eu já flui no fluxo contínuo dos meus pensamentos. as vezes, poucas vezes fluo no fluxo contínuo da vida. e aí me liberto um pouquinho de mim mesma. o complicado (ou o foda) é que normalmente eu me aprisiono novamente. como agora, escolhendo complicado ao invés de foda. como antes, tentando escrever algo e escrevendo outro e escrevendo outro e não aceitando nem esse outro, nem o fluir, nem o nada. mas pois bem, a vida é assim e assim estou nesse momento. aprendendo. e eu vim aqui pra dizer o que na postagem anterior eu não disse, pois minha atenção foi captada pelo vizinho. o vizinho da risada e do espirro. aquela fala me levou a outros questionamentos. eu tinha um pensamento e ele se perdeu na vel

penso, logo não sou.

o pensar me impede de ser. o pensamento, este processo da imaginação retira as possibilidades de eu existir no momento presente. penso e não estou. penso e "papai noel chegou" canta o vizinho. busco na memória: há algum tempo atrás, "eu" era dominada por um "eu" que detestava a risada deste vizinho. me incomodava emocionalmente, aliás, será todo incômodo emocional? racionalmente, eu sei que incomodar-me com qualquer coisa externa é puro fruto do ego. pois, então, incomodava-me a risada do vizinho. era como uma afronta pessoal ao meu estado de total identificação. um estado de sofrimento tamanho que qualquer sinal de satisfação externa era sentido como um desrespeito. pois bem, há outro tempo atrás, "eu" era dominada por um "eu" que adorava a risada do vizinho. ela me trazia alegria e bem estar. da sala eu ria e me entusiasmava com ele. qual a semelhança entre esses dois estados? imaginação. o processo de imaginar, pensar. o

jardinagem poeta

é mentira, mas é verdade. das sutilezas humanas, das incertezas da mente. uma mesma história vista por distintos ângulos. é a poeira cósmica que já virou clichê. é a foto que é, mas expressa. é a verdade que não existe, mas mente. (ou como não ter foto para ilustrar uma receita e catar uma das andanças pela horta da cidade). pepino da horta da general glicério em Laranjeiras. Receita de Jardinagem à mesa.  Com direito a pepino, este não vem da horta. Certamente vem do campo, sabe lá Deus de onde. Mas é filho de Deus. E esse é o consolo que eu dou pra essa mente descontrolada também ela filha de Deus. Rendimento : 4 porções Ingredientes e quantidades: Creme de girassol: ½ xícara de semente de girassol de molho em água potável por no mínimo 4 horas ½ limão 100 ml de líquido fermentado da mandioca, conhecido também como tucupi ¼ de xícara de massa puba 1 cenoura para "biosocar" Jardineira: 1 xícara de abobrinha cortada em cubinhos (fine brunoise) ¼ de xí

criar áreas de inclusão permanente dentro de si mesmo.

O escrito vem no título, inspirado ou só repetido numa fala e num vídeo.  Num escrito.  Serei eu só um papagaio de pirata?  Repito o que acho bonito. espaço, esta é a palavra que uso aqui para expressar a necessidade de deixar. deixar ser. só ser, muito além do que eu jamais imaginei. e por esta mesma razão, é impossível ser imaginada. esta além dos limites da mente.  a mente, limitada na sua visão. vê unicamente o que conhece. e com o conhecido é impossível ser. é impossível aprender. para aprender é necessário espaço. o espaço para o novo. para o desconhecido. e a mente tagarela, vê o passado, coleta as memórias e projeta o futuro a partir disto. um futuro conhecido. um futuro limitado. um futuro que é pura repetição de um passado. por vezes este passado nem é seu. é só uma coleção de experiências de outros, um monte de crenças abarrotadas desodernadamente. estamos presos. e já não adianta seguir os passos de nenhum "libertador". isto é t

porque o você, simplesmente não pode florescer.

quando eu falo dEle, estou eu falando de mim mesma. hoje na meditação percebi que este eu, que Gurdjieff chama de ~eu ordinário~, é incapaz de amar. também conhecido como ego, escuto dizerem. o ego isso, o ego aquilo. digo dizeres, mas quem é que diz?  quem diz que é o ego que é incapaz de amar?  e afinal, o que esse ego quer dizer? esse ego que sou eu? esse eu que vos escreves é o próprio ego.  este que já se perdeu dentro de si mesmo, se expandiu...]  e agora já não sabe onde foram parar seus limites. eu já não sei quem eu sou. e essa é uma frase do ego. eu, o ego, diz que enquanto ele existir não será. enquanto existir um eu, não existirá um ser. o eu impede o ser de florescer. o eu é uma construção baseada num passado, baseada nas memórias. baseada numa falsa ilusão de que existe uma entidade fixa. o velho gosto ou não gosto. para o ser, basta simplesmente ser. estar presente, habitar-se. é muito mais fácil do que parece. o complicado

Liberdade pra crescer

é preciso espaço. amadur(e)ser pra aprender. a amar. e cair do pé que nem fruta madura. a ávore precisa abandonar seus frutos e deixar eles serem, só assim ela também é. e é preciso ver. com olhos de realidade as amarras que nos colocamos perceber que o sofrimento, eu carrego. e aí eu cresço. pode doer, claro mas o quem é que sente essa dor? aquela parte que se apega ao sofrer, não quer crescer. e quando eu abandondo tudo. vem a lucidez. e a leveza de viver o mundo como ele é. sem ilusões. e é que tudo já ta tão bom. que precisa mudar além de mim mesma?

sobre o permitir

a gente abraça o refugiado mas não permite a existência do vizinho, do irmão, do marido. e o existir é simplesmente ser. queremos mudar. o outro, é claro. ele contem todo o mal e o mal estar que me contem. é que a canção está estranha aqui narciso acha feio o que é espelho. e o outro reflete o que não gosto em mim. esse não que escondo até de mim mesmo. e vem mascarado com cara de outro entre outras coisas daí resistismos. e resistir dói. já viu um músculo tenso? ele resiste. você resiste. nós resistimos ao fluir da vida. por medo. é tanto medo... e por medo controlamos, com medo de perder o controle. e perdemos o controle do nosso próprio medo. e assim resistimos insistimos, não permitimos. aceitação, é liberar o outro a liberar a si mesmo. conhecer a ti mesmo, abraçar os seus nãos permissão.

Uma história entre a busca e o aprendizado, a sacola plástica e a retornável.

A busca é como uma sacola plástica.  Você vai ao mercado, pega sua sacola, enche com os produtos que lhe convém.  Volta pra casa e joga a sacola fora...  Os produtos às vezes estragam, você não dá conta de consumi-los todos.  (...) Ou você pode optar por uma ecobag.  Você carrega ela para onde for.  Ela também serve para levar seus objetos especiais.  Quando encontra algo que lhe agrada, guarda dentro da sua sacola retornável.  Você leva apenas o necessário, afinal sabe que a jornada é longa.  E é preciso estar leve para aproveitar o caminhar.  Assim é o aprendizado.

sobre a liberdade do não ser

Você é uma garrafa cheia de rótulos. Teu conteúdo está etiquetado. Você está preso. Já esqueceu quem é.  Acredita que os rótulos te definem. Quando eu digo que sou, me aprisiono numa caixinha.  Quando eu digo que gosto, perco toda a diversidade do não gosto. É esse medo do desconhecido que me captura.  Estou tão acostumada com minha gaiola que já não sei voar. Não tem ninguém pra me cortar as asas, a gaiola eu mesma construo.  A cada dia acrescento uma nova grade.  E vai ficando apertado, vai ficando insuportável.  E aí vem a tensão, vem a doença, vem o medo.  Medo de perder, medo de deixar de ser. E tudo isto por conta de um eu.  Esse eu tantas vezes repetido, esse eu.  Esse eu que não sou eu.  É que eu não sou, entende? É que não existe eu.  A vida é movimento, transformação constante. O  corpo muda, os gostos mudam, os hábitos mudam, os pensamentos, amores...  E o que sobra disso tudo?  Se tudo é passageiro, o que sobra? Hoje eu d

enquanto eu me perguntava o que será da minha vida

Senhora, estou com fome me diz uma boca desdentada.  Uma face negra habitada por olhos desesperados. Tiraram nossos doces.  Eu estava na passarela do metro Maracanã.  De longe vi duas pessoas abordando outras nas ruas.  Dois seres invisíveis.  Tão reais,daquela realidade doída, tão crua, tão humana que se prefere não ver. Ignoramos para não sofrer.  Sofrer o sofrimento do outro.  Eu parei. E ele agradeceu, agradeceu por ter ser escutado, ser visto.  E essas pessoas falam.  Todos queremos ser ouvidos, desejamos ser sentidos.  E eu ali, escutava, sentia. E doía, claro. Ele falava na Dilma, no governo, no filho desaparecido, na mulher presa.  Sonhava com uma casa, dessas do Minha Casa, Minha Vida e uma varanda pra ver o filho brincar.  Dizia que não conseguia roubar, ia na Lagoa e não roubava pois sabia que existiam boas pessoas lá.  Boas pessoas, más pessoas. Enquanto o pêndulo balança de um lado para o outro estaremos em desigualdade.

Sobre uma busca sem título

A terra cristal é essa busca.  É a necessidade premente de sentido.  Do novo, do diferente, do que não é.  A terra cristal é inadequação, insatisfação. Movida pela evolução.  Uma sensação tão avassaladora que me arrebata.  Me afogo. Tantas portas, janelas e atalhos traduzidas pela minha mente em oportunidade.  Entrei na busca da busca, caí num labirintos de ratos.  Uns buscam emprego, celular, amor, família.  Outros buscam ser, expansão da consciência, plenitude, libertação.  Todos buscam.  E o buscar é o maior obstáculo da Terra Cristal. Já falei em insatisfação? Qual é o contrário de aceitação?