vim aqui pra escrever uma coisa, escrevi outra, escrevi uma quarta. será que agora me foco e vai?
claro.
pois bem, o que eu queria dizer quando me interrompi pela fala do vizinho eu já não lembro. mas vou achar, é só catar. vai parecer meio torto, nunca é a realidade dos fatos essa memória coletora.
pois então, eu contaria um relato. um flagrante a mãos armadas de um "eu" daqueles bem destrutivos. sabe aqueles eu que ninguém quer ser. por bem, "eu sou um deles".
aquele eu que pensa, sofre e justifica seu sofrimento a partir da atuação dos outros. o processo é tão real, tão normal que de fato, estou louca. louca para tudo o que já fui e pensei.
tudo começa com um incômodo. ele me olhou estranho. ele falou isso. e uma avalanche de histórias passam pela cabeça. não, elas não são agradáveis, mas envolvem momentos prazerosos quando eu finalmente me livrar daquele "ser".
ele é o meu algoz. ele me faz mal. estando longe dele estarei bem. farei isso e aquilo outro. isso tudo pode ocorrer num segundo e continuar martelando infinitamente por dias. tudo depende do meu processo de identificação?
estou dormindo, viro aquilo! pensei, achei que era realidade, me identifiquei, caí na armadilha.
quantas infinitas vezes "isto" já ocorreu na minha existência. quanto sono e sofrimento. sofrimento em mim, sofrimento nos outros.
quando caio na identificação, alimento a história mais e mais. é sem fim. até que explode, e eu explodo junto. assumo o meu papel de vítima, caio na mesma ladainha e, normalmente, graças a deus!, sou desmascarada. choro, me descontrolo e me envergonho. ao menos me envergonho. eu caí, sofri e fiz outro sofrer.
agora sinto que essas palavras são desnecessárias. espero poder usá-las com um aviso a mim mesma para não ser mais a vítima de mim.
eu procuro um porquê.
um deles é: me sinto especial e importante. quando algo é especial e importante ele pode ser usado. quem vai querer usar algo sem importância. mas se eu sou superior, se tenho algo a oferecer aos outros que eles não tem, esse meu algo pode ser roubado. pode ser o "meu dinheiro, a minha generosidade, o meu conhecimento".
dinheiro, generosidade, conhecimento essas coisas existem. sabe o que não existe? o meu, eu não possuo essas coisas, e por não possui-las nada pode me ser roubado.
eu não tenho um eu a ser ferido, magoado, insultado e por não tê-lo em nada posso me ferir.
viver assim é ser livre. eu ainda não estou lá, e você?
Descubro que não tem você nenhum além de mim mesma para responder a essa pergunta. Aguardo a resposta a partir da nossa evolução.
claro.
pois bem, o que eu queria dizer quando me interrompi pela fala do vizinho eu já não lembro. mas vou achar, é só catar. vai parecer meio torto, nunca é a realidade dos fatos essa memória coletora.
pois então, eu contaria um relato. um flagrante a mãos armadas de um "eu" daqueles bem destrutivos. sabe aqueles eu que ninguém quer ser. por bem, "eu sou um deles".
aquele eu que pensa, sofre e justifica seu sofrimento a partir da atuação dos outros. o processo é tão real, tão normal que de fato, estou louca. louca para tudo o que já fui e pensei.
tudo começa com um incômodo. ele me olhou estranho. ele falou isso. e uma avalanche de histórias passam pela cabeça. não, elas não são agradáveis, mas envolvem momentos prazerosos quando eu finalmente me livrar daquele "ser".
ele é o meu algoz. ele me faz mal. estando longe dele estarei bem. farei isso e aquilo outro. isso tudo pode ocorrer num segundo e continuar martelando infinitamente por dias. tudo depende do meu processo de identificação?
estou dormindo, viro aquilo! pensei, achei que era realidade, me identifiquei, caí na armadilha.
quantas infinitas vezes "isto" já ocorreu na minha existência. quanto sono e sofrimento. sofrimento em mim, sofrimento nos outros.
quando caio na identificação, alimento a história mais e mais. é sem fim. até que explode, e eu explodo junto. assumo o meu papel de vítima, caio na mesma ladainha e, normalmente, graças a deus!, sou desmascarada. choro, me descontrolo e me envergonho. ao menos me envergonho. eu caí, sofri e fiz outro sofrer.
agora sinto que essas palavras são desnecessárias. espero poder usá-las com um aviso a mim mesma para não ser mais a vítima de mim.
eu procuro um porquê.
um deles é: me sinto especial e importante. quando algo é especial e importante ele pode ser usado. quem vai querer usar algo sem importância. mas se eu sou superior, se tenho algo a oferecer aos outros que eles não tem, esse meu algo pode ser roubado. pode ser o "meu dinheiro, a minha generosidade, o meu conhecimento".
dinheiro, generosidade, conhecimento essas coisas existem. sabe o que não existe? o meu, eu não possuo essas coisas, e por não possui-las nada pode me ser roubado.
eu não tenho um eu a ser ferido, magoado, insultado e por não tê-lo em nada posso me ferir.
viver assim é ser livre. eu ainda não estou lá, e você?
Descubro que não tem você nenhum além de mim mesma para responder a essa pergunta. Aguardo a resposta a partir da nossa evolução.
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