os meus eus, que nem sei até que ponto posso chamar de meus, acredito terem sempre um contraponto.
um eu negativo e um positivo. por exemplo, o eu que é "vítima da família", também é culpado.
o eu que quer "dinheiro" também não o quer. o eu que quer trabalhar, também não o quer. o eu que quer um corpo bonito, também não o quer. ou não quer se interessar por essas questões.
parece um processo mecânico de ir de um extremo ao outro. a partir do percebimento do ideal de beleza, de todo o condicionamento, cria-se um novo eu que resiste, que torna-se a vítima. essa vítima rejeita o primeiro eu que ainda resiste. essa vítima oprime, esconde o eu que "quer a beleza condicionada. esse movimento sempre cria mais conflito e contradição.
são muitos eus e eles andam em pares.
o eu que "ama" uma pessoa cria o eu que o"odeia".
de fato, não sou capaz nem de amar nem de odiar. sou uma multidão de sentimentos, sensações e pensamentos.
vivo a partir das minhas histórias, da memória, de todo as impressões experienciadas e gravadas.
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