Eu não faço, sou levada, acho que tenho o poder de fazer, mas tudo se faz. Não sou dona de mim, sou apenas uma escrava dos muitos "eus" e desejos contraditórios que me tomam e me levam. Quem sou eu? Apenas um amontoado de tudo o que "já foi". A minha suposta "originalidade" é só um acúmulo de experiências aleatórias que formaram minha "personalidade". Esse é o ego, isso é o que chamo "eu".
J.Krishnamurti - 2º - Vivemos uma vida é vida mecânica? - "A Transformação do Homem"
Quais são as minhas necessidades?
Me sentir amada, querida, ADMIRADA, útil, importante... Saber que terei dinheiro no amanhã, que não me "faltará" nada (isso quer dizer que poderei ter o mesmo padrão de vida, adquirir os mesmos objetos). Sentir que alguém se importa comigo, que tenho com quem contar, que posso pedir ajuda. Necessidade de estar certa, de não errar, de ter feito a escolha mais acertada (lucrativa: que me dá mais prazer, satisfação). Os sete pecados capitais: ira, luxúria, inveja, gula, avareza, preguiça, soberba. Segurança na continuidade do meu interesse... que eu posso ajudar alguém, que posso fazer o meu trabalho.
Sobre a segurança psicológica.
O que é segurança? Quando digo que estou seguro, digo que tenho algo imperecível. permanente. "um eu permanente", ideias, crenças mesmo que elas me tragam sofrimento, conflito.
Pode ser uma crença, pode ser deus, pode ser conhecimento (que não passa de uma crença), experiência, pode ser uma pessoa (que não passa de uma imagem), que um dia me deu uma "sensação de segurança" e me agarro à essa sensação, projetando-a na pessoa. Algo que posso contar, agarrar, segurar, apegar.
Se você pode antecipar que algo ruim acontecerá, você já se sente mal... foco em antecipar o que ocorrerá: é a doença do amanhã. O amanhã psicológico é fruto do MAIS, da esperança de algo melhor.
Não há segurança no amanhã. Não há nada em que você possa confiar psicologicamente.
O condicionamento é uma objeção em ver as coisas como são.
A ação surge através da percepção. Enquanto existe um eu, existe a necessidade de mantê-lo. Você tem que destruir isso, isso que você não é. Esta é a verdadeira criação. Você vê que está agarrado à alguma coisa que te dá segurança? A percepção disso é ação total em relação à segurança. Ver é agir! Você vê através da imagem que tem deles. Essa é minha lente, este é meu filtro. "A figura, a imagem, a conclusão é a segurança." Porque isso se tornou real, mais real até do que o mundo objetivo, do que esta mesa amarela? É a única coisa que entro em contato. "nenhuma prova parece funcionar, eu digo a mim mesmo que a coisa real sou eu, esse eu é uma idéia!
Tudo que me traz uma sensação de segurança, também traz o medo de perdê-lo.
É necessário manter-se ocupado. Qual o significado de ocupado? O cérebro precisa manter-se ocupado, um processo mecânico constante. Porque o cérebro fica "agitado" quando não está ocupado? Na ocupação existe segurança, ordem. Nossa segurança significa que queremos ordem. Queremos ordem dentro do cérebro. Queremos ser capazes de projetar ordem no futuro. A ordem mecânica não satisfará porque funciona por um tempo. Depois, ficamos entendiados e queremos algo novo. Essencialmente é desordem mecânica, mascarando-se como ordem. Se você está fazendo algo, porque está fugindo da instabilidade do cérebro, isto já é desordem. O cérebro sem ocupação parece estar em desordem. Por isso tenho medo, é perigoso. O principal perigo vem de dentro. Esta desordem pode parar? Nada pode controlar essa desordem. Porque temos essa desordem? Desordem vem, primeiro, com o seguir desses processos mecânicos, e com a segurança desse processo mecânico, e quando esse processo mecânico é perturbado, torna-se, inseguro. Estamos condicionados pelo tempo, tradição, educação, cultura: o caminho fácil.
No início o caminho mecânico parece mais seguro e depois, temos provas de que esse caminho não é o melhor, mas seguimos atados à ele. Porque o cérebro não vê que está errado, pergunta o Dr. Bohm? Porque não vê que esse processo mecânico é, essencialmente, desordem? É completa ilusão, sua segurança é completa ilusão.
Porque minha vida é mecânica? O que causou aceitar esse modo de viver mecânico?
O cérebro quer ordem total, do contrário não ficará seguro.
Ele aceitou esse processo mecânico sem saber que levaria ao desastre. Não quer sair disso, pois tem medo de um desastre maior. O cérebro aceitou essa ordem, a ordem mecânica, pois foi condicionado na infância. Como também o medo de desistir desse mecanismo. Você vê que a forma mecânica de se viver leva à desordem? Se eu vivo inteiramente no passado (tradição, ordenamento)... eu já estou morto, repetindo a mim mesmo. Por favor, eu encontrei algo que me dá ordem, segurança, crença, uma esperança, me deixe em paz. E a vida não vai deixá-lo em paz. O ato de ver isso, instantaneamente, destrói tudo e traz uma nova ordem ao cérebro. Indestrutível, diz Krishnamurti.
O ato do percebimento da segurança mecânica que o cérebro desenvolveu, se apegou e cultivou.
A ação fragmentada é ação mecânica.
Se é assim, porque você não muda?
Quando o passado encontra o presente e se encontra ali, uma coisa totalmente diferente acontece. O passado é geralmente ativo no presente em direção ao futuro. Quando o passado encontra o presente, então o passado para de atuar. O pensamento pára e a ordem vem à tona. Pode o passado parar aí e não ir adiante. "Eu encontro você como um quadro, com o passado, memórias, mas você pode ter mudado. Então eu nunca te encontro, te encontro com o passado. Quando o passado encontra o presente e continua é um dos fatores do movimento do tempo, servidão (apego), medo...
J.Krishnamurti - 2º - Vivemos uma vida é vida mecânica? - "A Transformação do Homem"
Quais são as minhas necessidades?
Me sentir amada, querida, ADMIRADA, útil, importante... Saber que terei dinheiro no amanhã, que não me "faltará" nada (isso quer dizer que poderei ter o mesmo padrão de vida, adquirir os mesmos objetos). Sentir que alguém se importa comigo, que tenho com quem contar, que posso pedir ajuda. Necessidade de estar certa, de não errar, de ter feito a escolha mais acertada (lucrativa: que me dá mais prazer, satisfação). Os sete pecados capitais: ira, luxúria, inveja, gula, avareza, preguiça, soberba. Segurança na continuidade do meu interesse... que eu posso ajudar alguém, que posso fazer o meu trabalho.
Sobre a segurança psicológica.
Pode ser uma crença, pode ser deus, pode ser conhecimento (que não passa de uma crença), experiência, pode ser uma pessoa (que não passa de uma imagem), que um dia me deu uma "sensação de segurança" e me agarro à essa sensação, projetando-a na pessoa. Algo que posso contar, agarrar, segurar, apegar.
Se você pode antecipar que algo ruim acontecerá, você já se sente mal... foco em antecipar o que ocorrerá: é a doença do amanhã. O amanhã psicológico é fruto do MAIS, da esperança de algo melhor.
Não há segurança no amanhã. Não há nada em que você possa confiar psicologicamente.
O condicionamento é uma objeção em ver as coisas como são.
A ação surge através da percepção. Enquanto existe um eu, existe a necessidade de mantê-lo. Você tem que destruir isso, isso que você não é. Esta é a verdadeira criação. Você vê que está agarrado à alguma coisa que te dá segurança? A percepção disso é ação total em relação à segurança. Ver é agir! Você vê através da imagem que tem deles. Essa é minha lente, este é meu filtro. "A figura, a imagem, a conclusão é a segurança." Porque isso se tornou real, mais real até do que o mundo objetivo, do que esta mesa amarela? É a única coisa que entro em contato. "nenhuma prova parece funcionar, eu digo a mim mesmo que a coisa real sou eu, esse eu é uma idéia!
Tudo que me traz uma sensação de segurança, também traz o medo de perdê-lo.
É necessário manter-se ocupado. Qual o significado de ocupado? O cérebro precisa manter-se ocupado, um processo mecânico constante. Porque o cérebro fica "agitado" quando não está ocupado? Na ocupação existe segurança, ordem. Nossa segurança significa que queremos ordem. Queremos ordem dentro do cérebro. Queremos ser capazes de projetar ordem no futuro. A ordem mecânica não satisfará porque funciona por um tempo. Depois, ficamos entendiados e queremos algo novo. Essencialmente é desordem mecânica, mascarando-se como ordem. Se você está fazendo algo, porque está fugindo da instabilidade do cérebro, isto já é desordem. O cérebro sem ocupação parece estar em desordem. Por isso tenho medo, é perigoso. O principal perigo vem de dentro. Esta desordem pode parar? Nada pode controlar essa desordem. Porque temos essa desordem? Desordem vem, primeiro, com o seguir desses processos mecânicos, e com a segurança desse processo mecânico, e quando esse processo mecânico é perturbado, torna-se, inseguro. Estamos condicionados pelo tempo, tradição, educação, cultura: o caminho fácil.
No início o caminho mecânico parece mais seguro e depois, temos provas de que esse caminho não é o melhor, mas seguimos atados à ele. Porque o cérebro não vê que está errado, pergunta o Dr. Bohm? Porque não vê que esse processo mecânico é, essencialmente, desordem? É completa ilusão, sua segurança é completa ilusão.
Porque minha vida é mecânica? O que causou aceitar esse modo de viver mecânico?
O cérebro quer ordem total, do contrário não ficará seguro.
Ele aceitou esse processo mecânico sem saber que levaria ao desastre. Não quer sair disso, pois tem medo de um desastre maior. O cérebro aceitou essa ordem, a ordem mecânica, pois foi condicionado na infância. Como também o medo de desistir desse mecanismo. Você vê que a forma mecânica de se viver leva à desordem? Se eu vivo inteiramente no passado (tradição, ordenamento)... eu já estou morto, repetindo a mim mesmo. Por favor, eu encontrei algo que me dá ordem, segurança, crença, uma esperança, me deixe em paz. E a vida não vai deixá-lo em paz. O ato de ver isso, instantaneamente, destrói tudo e traz uma nova ordem ao cérebro. Indestrutível, diz Krishnamurti.
O ato do percebimento da segurança mecânica que o cérebro desenvolveu, se apegou e cultivou.
A ação fragmentada é ação mecânica.
Se é assim, porque você não muda?
Quando o passado encontra o presente e se encontra ali, uma coisa totalmente diferente acontece. O passado é geralmente ativo no presente em direção ao futuro. Quando o passado encontra o presente, então o passado para de atuar. O pensamento pára e a ordem vem à tona. Pode o passado parar aí e não ir adiante. "Eu encontro você como um quadro, com o passado, memórias, mas você pode ter mudado. Então eu nunca te encontro, te encontro com o passado. Quando o passado encontra o presente e continua é um dos fatores do movimento do tempo, servidão (apego), medo...
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